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Monte Alegre, Piracicaba - Uma Ilha do Passado
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*Zuleica Mesquita, especial para o Blog

O bairro de Monte Alegre, em Piracicaba (SP), é um lugar perdido no tempo. Uma antiga vila da Usina de Açúcar hoje desativada, deixada no esquecimento. Recentemente algumas pessoas descobriram a beleza singular dessa vila. As terras do Monte Alegre já produziam desde o final do século XIX, mas, foi Pedro Morganti que em 1910 adquiriu a área e desenvolveu ali um polo de produção e refino de açúcar.

Ruinas da antiga Usina do Monte Alegre

A vila foi construída para que funcionários e empregados não apenas trabalhassem na Usina, mas, “vivessem” na Vila. A capela tem atmosfera de capela da Toscana, aliás, foi construída segundo o modelo da capela de São Frediano, na aldeia de Morganti, nascido em Bozzano (Luca-Toscana), Decorada com pinturas de Alfredo Volpi, verdadeira jóia, hoje hospeda casamentos, celebrações e cerimônias compatíveis com a nobreza do lugar.

Com Pinturas de Alfredo Volpi, a Capela do Monte Alegre é cenário de casamentos e outras celebrações. Foto: Carlos Nagumo

 

Casa do Marquês de Monte Alegre, antiga escola do Bairro. Foto Carlos Nagumo

Pedro Morganti construiu mais de trezentas casas para cerca de 1700 trabalhadores. O bairro possuía nos anos 20 todas as comodidades: Armazém, padaria, farmácia, cinema, biblioteca, ambulatório médico e um clube de futebol. Mudanças econômicas no Brasil determinaram o enfraquecimento da indústria açucareira e a falência da Usina Monte Alegre nos anos 70. Alguns imóveis, hoje já restaurados, recebem eventos artísticos e culturais e o “Monte Alegre” experimenta hoje, verdadeiro “revival”, enriquecido pelo espírito antroposófico da Escola Novalis, de pedagogia Waldorf que se instalou no bairro nos últimos anos. Grande parte das casas foram compradas ou recebidas como indenização pelas famílias que ali residiam e trabalhavam. Ruas sombreadas, jardins ingênuos e moradores que – vivendo ainda como no limiar dos anos cinquenta – se cumprimentam e se falam ao portão, à moda do tempo em que ainda éramos civilizados.

 

Paralelepípedos tombados das ruas do Bairro.

A “Kombi” de uma senhorinha vende pães caseiros ao cair da tarde, outra, anuncia legumes e verduras pela manhã, embora ainda haja hortas na maioria dos quintais. Bem-te-vis cantam nos arbustos dos jardins, enquanto bichanos bigodudos, amistosos e ronronantes enroscam-se por entre nossas pernas em explícitas declarações de amor à humanidade. Rapidamente o sol se põe no outono-inverno e, com a mesma rapidez, a temperatura cai 5 ou 6 graus. É hora de recolher as crianças, se despedir do Gatão que ainda pretende “esticar a night” dando alguns “rolés” pelos muros da vizinhança. Boa Noite, Monte Alegre. Continue feliz!

 

Sobre a autora: Zuleica Coimbra Mesquita ama viagens. Mais do que visitar monumentos explorados nas rotas turísticas, procura afundar-se pelos becos e ladeiras das cidades que visita, em busca de captar o espírito do lugar, a alma do povo.

2 respostas

  1. Um lugar muito lindo mesmo vivi de perto parte dessa história,meu sogro e um dos funcionários que recebeu a casa como indenização e hoje ela está a venda ,por ele e a esposa já falecidos…

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